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Julio Pereira

Conheça o Kampo e outros restaurantes de Júlio Pereira na Madeira

Do Kampo à tasca, Júlio Pereira tornou-se uma estrela no Funchal

05/06/2025

Texto: Catarina Moura

Fotografia: Ágata Xavier

Júlio Pereira chegou do continente para abrir restaurantes divertidos e com comida de partilha na Madeira. São já cinco e o mais recente Jaket reanima uma antiga tasca.

Em terra de espetadas, quem tem petiscos é rei. Petiscos talvez seja uma palavra curta para os pratinhos gulosos e divertidos que iniciam as refeições dos restaurantes de Júlio Pereira. Em 2019 o Kampo (1 Sol Guia Repsol 2025) abriu na ilha da Madeira para ser um restaurante com música, serviço descomplicado, comida de partilha e bons vinhos. A ideia pegou rápido, abriu outros quatro restaurantes de identidade semelhante e tornou-se mais ou menos uma estrela no Funchal.

 Aberto desde 2019 no centro do Funchal, o Kampo é um restaurante descontraído com um enorme balcão que dá para a cozinha aberta
Aberto desde 2019 no centro do Funchal, o Kampo é um restaurante descontraído com um enorme balcão que dá para a cozinha aberta

A cara do chef e empresário está no rótulo de vinhos, o seu nome assina os restaurantes que inaugura com um “by Júlio Pereira”; tornou-se um empresário com negócios em áreas tão distintas como as broas de mel e doçaria regional (ao comprar a fábrica Chábom), bebidas espirituosas (comprou a fábrica Apiários da Camacha) ou construção civil, com uma pequena empresa que montou para fazer os próprios restaurantes.

Corneto de atum à esquerda e hambúrguer de picanha com foie gras e queijo parmesão, à direita
Corneto de atum à esquerda e hambúrguer de picanha com foie gras e queijo parmesão, à direita

“Neste momento, o Júlio Pereira é uma marca em que as pessoas reconhecem qualidade”, diz Carlos Gonçalves, chef que trabalha com Júlio Pereira no desenvolvimento dos restaurantes e menus. “Alguns empresários procuram-no para vender as suas empresas, porque sabem que ele vai continuar os seus negócios tradicionais”, explica. Foi o que aconteceu com a tasca Jaquet que é agora Jaket e faz parte do grupo de restauração de Júlio Pereira.

O chef Carlos Gonçalves trabalha no desenvolvimento dos restaurantes e menus com Júlio Pereira. À direita, o vinho que é feito em parceria com diversos produtores. Se num vemos o rosto de Júlio Pereira, no outro surge a Ti Maria
O chef Carlos Gonçalves trabalha no desenvolvimento dos restaurantes e menus com Júlio Pereira. À direita, o vinho que é feito em parceria com diversos produtores. Se num vemos o rosto de Júlio Pereira, no outro surge Ti Maria, a sua avó

Vindo do litoral Oeste do continente, da Carvoeira, Júlio Pereira chegou à Madeira e percebeu que é aquilo a que na ilha chamam um vilão, o homem do campo. Foi essa a ideia e partida para o seu primeiro restaurante: o Kampo. Trouxe carnes maturadas especiais, como a rubia galega, o wagyu, e cortes com o chuletón, o t-bone ou a muito amada mendinha, e tratou-os com simplicidade: “Não há que saber, é o produto, o carvão e o tempo de descanso”, como diz Carlos Gonçalves.

A variedade e qualidade da carne (nas quais se incluem as maturadas) são um dos cartões de visita do Kampo
A variedade e qualidade da carne (nas quais se incluem as maturadas) são o cartão de visita do Kampo

A isto juntou-se um ambiente de interação entre a cozinha e a sala, uma cozinha aberta, um serviço animado, música alta e os tais pratos de partilha, os snacks e entradas que se tornaram o ex-libris de um restaurante de Júlio Pereira.

No Kampo, um corneto de atum ou tártaro de novilho são apenas as opções mais sóbrias, porque tudo o resto é tão surpreendente e divertido como o ambiente: serve-se um grande ravioli de rabo de boi num laguinho de mousse de foie gras e trufa, uma bola de berlim com farinheira e cogumelos ou um escalope de foie gras com banana e maracujá.

 Bola de Berlim com farinheira e cogumelos
Bola de Berlim com farinheira e cogumelos

Com a sala permanentemente cheia desde o início em 2019, Júlio Pereira abriu o Akua pouco tempo depois, dedicado ao peixe e com a mesma ideia e petiscos para partilha; inaugurou o Yuki, de inspiração japonesa, e o Theo’s, devoto da gastronomia portuguesa. A este império da restauração funchalense junta-se agora o Jaket, uma antiga tasca da rua Santa Maria que reabre renovada.

Preparação do Taco de mendinha, barbecue e manga
Preparação do Taco de mendinha, barbecue e manga

Foi Maria José que durante 37 anos cozinhou os dentinhos que se serviam nesta tasca, “uma referência na vida madeirense”, diz Carlos Gonçalves, que ainda tentou ter a senhora de 67 anos consigo para desenvolver algumas receitas. A ideia era preservá-las integralmente, do espada em vinha d’alhos aos torresmos.

Como não conseguiu foi pela tentativa-erro, sempre dando a provar a quem conheceu bem esta casa. Dizem-lhe, por fim, que acertou: na ardósia à entrada anunciam-se o espada frito, carne em vinha d’alhos, cebolinhas em escabeche e o gaiado de escabeche, mais delicado e menos seco do que outros, para pedir com uma bem equilibrada poncha ou uma cerveja.

Ideal para picar e partilhar, o Jaket é uma tasca moderna onde são servidos os dentinhos tradicionais da ilha. À direita, o gaiado de escabeche
Ideal para picar e partilhar, o Jaket é uma tasca moderna onde são servidos os dentinhos tradicionais da ilha. À direita, o gaiado de escabeche

Entrar no Jaket não é como entrar no Jaquet. Há sardinhas de loiça penduradas na parede, muita luz e Ana Moura e outras estrelas do novo fado a tocar. Talvez seja mais uma homenagem ao pitoresco de uma tasca, do que uma tasca tradicional, mas os dentinhos com poncha continuam a servir-se com um ovo cozido, como gostavam os antigos clientes, e com palitos em vez de talheres. É uma viagem aos restaurantes populares com a marca Júlio Pereira: para picar e partilhar.

Kampo by Chef Júlio Pereira. R. da Alfândega 74, São Martinho, Funchal. Todos os dias, 12:30–23:00. Telefone: 924 438 080