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Há vários tipos de festivaleiros, uns mais dedicados, outros ocasionais e alguns pelo meio que ainda estão por definir caráter. Para a edição do Kalorama deste ano, que do final do verão mudou de data para inaugurar a estação, preparámos um pequeno roteiro para que concentre atenções no que mais importa. E, surpresa ou não, cada dia do festival bate certo com particulares perfis de veraneantes musicais. Aproveitamos a programação do festival lisboeta e sugerimos caminhos.
Se vai ao Kalorama no primeiro dia, 19 de Junho, é porque está num balanço de meia idade. Quer ir a um festival, mas tem receio de chegar a uma certa hora e quebrar de cansaço. Por isso, tende a escolher com algum critério. Ter alguém no cartaz que garanta refrões decorados há muito (Pet Shop Boys) é sinónimo de conforto e pelo menos num concerto já sabe como dançar. Uma rock star com sex appeal (Father John Misty) dá-lhe um lado aspiracional, seja qual for o seu interesse romântico.
E até há um regresso aos anos 90 (The Flaming Lips), quem sabe não tenha uma T-shirt esquecida no fundo da gaveta — que corre o risco de não lhe servir, mas isso logo se vê. Ao mesmo tempo, e porque falamos de meia idade, quer continuar a alimentar a ideia de que tem alguma coolness. Vai daí, Sevdaliza, Cara de Espelho ou David Bruno garantem a fuga ao mainstream sem ser demasiado indie.
Para comer antes dos concertos: Vida de Tasca (Recomendado Guia Repsol), para cruzar a tradição da cozinha portuguesa com a irreverência de quem lhe vai dando novos toques (Rua Moniz Barreto, 7; Telefone: 218 490 855).
Se vai ao Kalorama no segundo dia, 20 de Junho, é porque está à procura de ritmo, é porque precisa de balanço na vida — e “balanço” aqui é substantivo comum associado ao verbo “balançar”. Quer sacudir as agruras, mandar um enorme “deixa para lá” em tudo o que é demasia na sua bagagem diária.
Azealia Banks? Roisin Murphy? Scissor Sisters? Só precisa de saber as horas, porque ginga não lhe falta. E ainda tem FKA Twigs como nome grande, você que está disponível para amar, até (ou sobretudo) aquilo que nem por isso gera paixões de imediato.
Acrescente-se que a sua face mais dengosa também se revela quando os experimentalistas entram em cena. Há Boy Harsher, Máquina e Model/Actriz no palco secundário. O problema vai ser repartir o coração por toda esta gente.
Para comer antes dos concertos: Só abre às 18h, mas com tamanha liberdade de espírito, os horários para si são relativos, por isso vá ao Instituto dos Petiscos Noturnos, que é muito perto da Bela Vista e tem a comida chinesa que nunca pensou experimentar (Rua Engenheiro Ferreira Dias, AB; Telefone: 932 039 110).
Se vai ao Kalorama no terceiro e último dia, 21 de Junho, talvez esteja na dúvida até à última. Quem sabe não tem em sua posse convites que não pagou, mas que agradeceu bastante. Agora, está entre o compromisso e a curiosidade, vai pensando "se calhar vai estar imenso calor", mas tem dificuldade em ver as redes sociais de amigos festivaleiros e estar à parte dessa experiência que pode mudar vidas.
Portanto, o mais provável é que vá espreitar Jorja Smith, nem que seja porque ela é linda de morrer, como é que é possível? Ou então o Damiano David, que também veste bem de cara, mesmo que só o conheça porque ele "era daquela banda que ganhou a Eurovisão já não sei quando".
Se assim for, aproveite e entregue-se à música dos Badbadnotgood, que é do melhor que há um pouco por todo o mundo, e não perca os portugueses Branko e Yakuza.
Para comer antes dos concertos: Duvidar da ida a um festival até à última é um clássico da época e se é de clássicos que falamos, aposte no Fraga, a carta é do mais típico que há e depois é só subir até ao Parque da Bela Vista (Rua Guilhermina Suggia, 10; telefone: 218 483 936)
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