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7 miradouros para ver Lisboa em todo o seu esplendor

Os olhos também comem: miradouros e restaurantes com vista sobre Lisboa

23/05/2025

Texto: João da Ponte

Fotografia: Ágata Xavier

Não é fácil para andar a pé, muito menos de bicicleta, mas tem vistas que nos fazem esquecer as subidas e arrepiar caminho. Sugerimos alguns dos melhores sítios para ver Lisboa.

Haverá melhor maneira de saciar duas fomes ao mesmo tempo: a de paisagens bonitas e a de paladares cuidados? Assim de repente, não nos lembramos, por isso deixamos sugestões para que num mesmo passeio pela cidade se encante com gosto. Conheça 7 miradouros para ver Lisboa em todo o seu esplendor.

1. Senhora do Monte e Miradouro da Graça: A graça que a Graça tem

Fazendo uso de uma palavra que costuma aparecer nos guias de viagens e produtos afins, utilizada sobretudo por quem desconhece os locais sobre os quais escreve, digamos que a Graça é pitoresca. Levemos isto ainda mais longe: é castiça. Nada disto está errado, mas será sempre um ponto de vista. O curioso é que, sendo um dos bairros mais altos de Lisboa, no alto colineiro com olhares deitados sobre a cidade, o próprio do bairro está recheado de pontos de vista. Os dois mais conhecidos são os da Senhora do Monte e o do Miradouro da Graça. Se podem estar pejados de turistas? Claro, como tudo o que dá belíssimas fotos em qualquer capital. Mas será que vale a pena? Vale sim. Não duvideis.

O Miradouro da Senhora do Monte permite uma vista panorâmica desde o estuário do Tejo, ao Castelo, passando pela Baixa, Monsanto e as Avenidas Novas
O Miradouro da Senhora do Monte tem uma vista panorâmica que vai desde o estuário do Tejo às Avenidas Novas

E em estando por lá, duas dicas. Perto do Miradouro da Graça, visitem O Satélite, das melhores tascas clássicas que ainda resistem, perfeita para nos perdermos entre uma favada ou um bacalhau. Do lado da Senhora do Monte, há que provar pelo menos uma vez na vida o bitoque do Cardoso do Estrela D’Ouro. Se depois tiverem dúvidas sobre o que gostaram mais — se a vista, se o prato — quer dizer que correu tudo como tinha de correr.

O Satélite. Largo da Graça, 42; De terça a domingo, das 09h às 22h30; Telefone: 218 862 679

Cardoso do Estrela D’Ouro. Rua da Graça, 22; Das 12h às 15h e das 18h30 às 21h, fecha ao domingo (sábados só almoços); Telefone: 218 865 230

2. São Pedro de Alcântara: Não é em Alcântara e ninguém é santo

Serve de palco para pequenas feiras com produtos que só os estrangeiros menos sabidos procuram adquirir. É palco de festinhas, das que têm música e copos e das que acontecem depois da música e dos copos. É ver os tuk tuks parar por ali, mesmo onde supostamente não podem, para que os passageiros corram a fazer check in nas redes sociais. Tais pecados são visíveis todos os dias, mas São Pedro de Alcântara continua a ter um efeito hipnótico assim que o avistamos, olhando a Avenida da Liberdade e os Restauradores aos nossos pés, toda uma cidade que inevitavelmente corre para o Tejo, porque de outra maneira nunca poderia ser.

Do miradouro de São Pedro de Alcântara avista o Castelo de São Jorge, a Graça e o rio Tejo
Do miradouro de São Pedro de Alcântara avista o Castelo de São Jorge, a Graça e o rio Tejo

Sacana de cruzado de ruas e ruelas que insiste em tomar-nos por surpreendidos. Enfim, é levar as emoções pelo caminho que dá nome ao miradouro lisboeta e escolher um de dois mundos que nos esperam logo ali abaixo: ou o requinte e a exclusividade arrojada do 100 Maneiras (1 Sol Guia Repsol 2025) de Ljubomir Stanisic; ou uns passos extra até ao Carmo para tentar um lugar nas concorridas mesas do mais-do-que belíssimo Super Mário — que à terça-feira tem Cozido à Portuguesa ao almoço, pelo menos até acabar.

100 Maneiras. Largo da Trindade, 9; Todos os dias das 18h30 às 02h, almoços ao fim de semana das 12h às 15h. Telefone: 910 307 575

Super Mário. Rua do Duque, 9; De segunda a sábado, das 12h às 16h (fecha ao domingo); Telefone: 213 479 437

3. Largo das Portas do Sol: Destas portas vê-se tudo até lá abaixo

Passamos por ali e não queremos mais trabalhar. Talvez amanhã, quem sabe. Não queremos mais que seja manhã, deixemo-nos ficar por este lusco-fusco de fim de tarde, início de noite, princípio de tudo o que possa acontecer a seguir. O Largo das Portas do Sol é uma espécie de divã sobre Alfama, um plano inclinado sobre o qual nos deitamos para apenas existir, sem alarmes nem surpresas, ou mesmo para uma particular forma de terapia, aquela que é auto-induzida.

Do Largo das Portas do Sol vê Lisboa e a margem sul do Tejo, do Barreiro ao Seixal
Do Largo das Portas do Sol vê Lisboa e a margem sul do Tejo, do Barreiro ao Seixal

É este o nível de satisfação que o miradouro, por mais apinhado que esteja, garante a quem lhe dá tempo. Até nas situações em que bem lá ao fundo está um ou dois navios de cruzeiro. Parecem pequenices, tem graça. Como tem graça qualquer uma das mesas que se pode servir. Se é em modo descontraído, nem por isso gourmet, mas sempre com atenção nos detalhes? O Esperança da Sé, mesmo ao lado da dita. Mais noturno, mais seleto, mais caro e mais fadista? Mesa de Frades, pois então. Um bitoque, um copo, mais outro e muita conversa? O Sardinha espera por todos, ide.

Esperança da Sé. Rua São João da Praça, 103; Todos os dias das 19h30 à 01h, almoços ao fim de semana das 13h às 16h; Telefone: 218 870 189

Mesa de Frades. Rua dos Remédios, 139; Todos os dias das 18h30 às 21h e das 21h30 às 02h; Telefone: 917 029 436

O Sardinha. Rua do Jardim do Tabaco, 18-20; De domingo a sexta das 12h às 22h; Telefone: 218 867 437

4. Jardim do Torel: O jardim no alto da colina

O caminho para lá chegar já indica que algo de especial está a caminho. Porque não é o trajeto mais previsível. Vindo da Calçada de Sant’Ana, é como conquistar a mais difícil das escaladas; do lado do Campo dos Mártires da Pátria, há que atravessar a rua ladeada por palacetes que deixam o visitante a perguntar “mas onde é que vim parar”; ou então, suba o Lavra, de elevador, que a pé ninguém merece.

O Jardim do Torel é dos miradouros mais escondidos de Lisboa
O Jardim do Torel é dos miradouros mais escondidos de Lisboa

No Jardim do Torel parece que estamos na casa de alguém, estamos sempre à espera que alguém nos venha dizer que aquele espaço é privado. Mas não é. Este miradouro é dos pais que caminham com os garotos em direção ao parque infantil. Dos hipsters que ali têm território seguro. Ou dos eternamente fascinados estrangeiros. Em qualquer dos casos, haverá fome. Mas imagine que pode matá-la enquanto satisfaz a vista. Agradeça-nos depois, primeiro sente-se à mesa da Esplanada do Torel Palace, que é um hotel mas que admite partilhar o requinte com os visitantes que aparece à hora da refeição. Dica: ao almoço há menu executivo, tenha este dado em consideração.

Black Pavillion Torel Palace. Rua Câmara Pestana, 45; Todos os dias, das 12h30 às 15h e das 19h30 às 22h30; Telefone: 218 099 132

5. Torre Vasco da Gama: 50 segundos e mais além

Uma primeira pergunta muito válida quando falamos do Fifty Seconds (2 Sóis Guia Repsol 2025) é: e quem tem medo de andar de elevador? A dica mais importante é “eis a melhor razão para tentar dar a volta à fobia”. O nome está relacionado com o conceito que tem tudo a ver com o espaço em que a experiência acontece: no topo da Torre Vasco da Gama, a 120 metros de altura (a dita torre tem mais 25, mas esses não são para os comensais), depois da viagem no tal ascensor que só precisa de 50 segundos para fazer o percurso.

No Parque das Nações, além da Torre Vasco da Gama, pode avistar Lisboa de cima numa viagem de teleférico
No Parque das Nações, além da Torre Vasco da Gama, pode avistar Lisboa de cima numa viagem de teleférico

E o que é que se passa lá em cima? Ora bem, passa-se uma vista com Lisboa a poente o estuário do Tejo estendido à nossa frente (se parece poesia, espere até abrir os olhos). Isto além da arte da equipa liderada pelo chef Rui Silvestre, num menu que tem poucos meses, com Caril de carabineiro, alho negro e achar de limão confitado, Atum rabilho, caviar oscietra wasabi e couve-flor ou Ouriço-do-mar, caldo de cebola caramelizado e caviar imperial gold. A ideia é apontar para o paladar infinito, com menus de 11, 12 ou 14 momentos (entre os 195 e os 235 euros). Quem tem medo de andar de elevador que o diga.

50 Seconds. Rua Cais das Naus, 2.21.01; De terça a sábado das 19h às 22h, almoço ao sábado das 12h30 às 14h; Telefone: 211 525 380

6. Cacilhas: A cidade vê-se melhor da outra margem

Era difícil encontrar alternativa melhor para quem tem más relações com elevadores. O Atira-te ao Rio tem nome de sugestão complicada e nada recomendável, mas a única coisa que vai lançar desta esplanada é um valente suspiro e — certamente — muitas fotos. Na Rua do Ginjal, em Almada, aguarda-o uma das melhores combinações que “o outro lado” tem para oferecer: o perfil de Lisboa e um menu bem sugestivo.

Há quem defenda que a melhor vista da capital é mesmo da outra margem do rio — e nós concordamos
Há quem defenda que a melhor vista da capital é mesmo da outra margem do rio — e nós concordamos

Imagine que o seu horizonte é composto pela linha elegante que vai do Terreiro do Paço a Belém (e não pára aí), a par com — e aqui deixamos apenas alguns exemplos — salada com polvo grelhado ou camarão à guilho; risoto de camarão com lima e coentros ou polvo à lagareiro com batata assada; bife da vazia ou magret de pato; um super clássico chamado arroz-doce ou pecaminosa tarte basca. A grande questão é se vai querer abandonar depois de terminada a refeição ou se vai ponderar prolongar a sua estadia, só para não ter de dizer adeus à paisagem. Você decide.

Atira-te ao Rio. Rua do Ginjal, 69; Todos os dias das 12h30 às 16h30 e das 19h às 22h30; Telefone: 212 751 380

7. Castelo de São Jorge: No castelo, ponha um cotovelo (na mesa)

Há quem diga que quanto maior é a subida, maior é a queda. Se tal afirmação é certa em determinadas dimensões da existência, vai daqui a garantia que neste caso o ditado não podia estar mais longe da verdade. O Castelo de São Jorge é um dos ex-libris de Lisboa, a preencher fotos, redes sociais, postais e até a servir de alvo para as caminhadas dos que desconhecem por completo as ruelas íngremes que no monumento desaguam.

Do Castelo de São Jorge vislumbra a cidade desde o rio até às Avenidas Novas
Do Castelo de São Jorge vislumbra a cidade desde o rio até às Avenidas Novas


Para quem dá com o caminho e para os que se perdem, há um oásis seguro na caminhada. Chama-se Chapitô à Mesa e é o restaurante com terraço e esplanada na escola de circo com o mesmo nome (uma das mais populares instituições de ensino artístico da capital e arredores). A vista sem teto é complementada com um primeiro andar que oferece um restaurante panorâmico. No primeiro, escolha entre arroz de pato, carne de porco à alentejana ou robalinho grelhado. No segundo, pode ir pelo bife tártaro ou por pastéis de massa tenra com caranguejo, bacalhau Conde da Guarda ou umas afamadas bochechas. Boas acrobacias.

Chapitô à Mesa. Costa do Castelo, 7; Todos os dias das 12h à 01h; Telefone: 218 875 077