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No sudoeste de Portugal, a apanhar o Alentejo e o Algarve, a Costa Vicentina, com praias selvagens, ondas que chamam surfistas de todo o mundo, e restaurantes com marisco fresco, apanhado no próprio dia, é provavelmente o melhor destino de férias deste verão. Damos-lhe dez sugestões para aproveitar a viagem.
É talvez o restaurante mais popular da Costa Vicentina. A Tasca do Celso, em Vila Nova de Milfontes, nasceu em 1999 no espaço de uma antiga tasquinha de petiscos. Ao longo dos anos, foi ganhando clientes e foi-se expandindo para as casas da vizinhança, tendo hoje mais de 100 lugares. Celso, o dono do espaço e anfitrião da casa, chama-se, na verdade, José Cardoso – Celso era o seu pai.
É de Lamego, mas chegou a Milfontes com dez anos e tornou-se, praticamente, alentejano. Na carta do restaurante, os petiscos vão variando: bruschetta de sardinha (2.90 euros), carpaccio de bacalhau (15 euros), pica-pau de porco preto (15.50 euros) ou raia no tacho (21.5 euros).
Há também uma enorme carta de vinhos – aliás, as garrafas são tantas que algumas estão escondidas na cave de casa do próprio Celso, do outro lado da estrada.
Tasca do Celso. Rua dos Aviadores, 34, Vila Nova de Milfontes. De terça-feira a sábado, 13h-15h30 e 19h30-23h30. Telefone: 283 996 753
Mesmo em ano de pausa do Festival Sudoeste, a Zambujeira do Mar continua a ser um concorrido destino de férias. O restaurante Costa Alentejana, no centro da povoação, é um dos mais conhecidos, a servir gigantescos barcos de marisco, feitos por medida.
Há percebes, ostras, amêijoas, conquilhas, mexilhões, camarão, bruxinhas, lagosta ou cavacos, com preços ao quilo, todos a caber no barco personalizado. Apesar de ser uma marisqueira, o restaurante também serve pratos de carne (por exemplo, carne de porco à alentejana ou prego do lombo), produzida na Herdade do Sardanito da Frente, ali perto e dos mesmos donos.
Costa Alentejana. Rua de Miramar, 8, Zambujeira do Mar. Segunda-feira a domingo, 12h-15h30 e 18h30-22h30. Telefone: 969 434 870
Inaugurada no final de 2024, a Adega Vicentino é uma das grandes novidades deste verão. Construída em 2023, fica junto à Estrada Nacional 120, depois de São Teotónio e a poucos minutos da Herdade da Frupor – onde nascem os vinhos Vicentino, mas também cenouras, couve-chinesa e plantas ornamentais, a base da empresa agrícola fundada no final dos anos 80 pelo holandês Ole Martin Siem.
O primeiro vinho da marca, um Sauvignon Blanc de 2014, pôs a Costa Vicentina no radar dos vinhos portugueses, elogiados hoje pela salinidade e mineralidade, fruto da proximidade das vinhas ao mar.
Na adega, moderna e com uma esplanada ideal para beber um copo ao fim do dia, é possível fazer provas de vinhos (a partir de 20 euros por pessoa), visitas guiadas que mostram o processo de vinificação e comprar as várias referências de vinhos da marca, agora com cinco gamas.
Adega Vicentino. Estrada Nacional 120, Sobralinho. Segunda-feira a domingo, 11h-21h. Provas a partir de 20 euros por pessoa. Telefone: 914 549 870
Antes do reinado de Amália Rodrigues, a Praia da Amália, como agora é conhecida em homenagem à fadista que ali tinha uma casa, era oficialmente a Praia do Brejão, graças à povoação ali perto. A mudança deu-se quando Amália e o marido ali compraram um terreno nos anos 60 que, na altura, terá custado 300 contos, conta-se no Café Central do Brejão.
Em cima da falésia, a antiga casa de férias de Amália, com piscina e vista para o mar, agora é propriedade da Fundação Amália e foi transformada em turismo rural. A praia, não vigiada, tem acesso público, a exigir alguma destreza por um trilho que às vezes pode ser escorregadio. O caminho para lá chegar faz parte do encanto e para confirmar que está na direção certa é preciso encontrar o malmequer na estrada em direção à Azenha do Mar.
No Craveiral, orgulham-se de ter o sol na eira e a chuva no nabal: “a autenticidade de quem recebe como se recebem os amigos”, lê-se no site do hotel rural em São Teotónio, e o que consideram o “verdadeiro luxo” na costa alentejana.
Criado em 2018 por Pedro Franca Pinto, o hotel tem 38 casas espalhadas por 9 hectares – há bicicletas disponíveis para os hóspedes circularem pelo terreno –, duas piscinas exteriores, uma interior, uma quinta com animais e uma horta biológica de onde se podem colher ervas aromáticas para cozinhar – aliás, é dali que vêm muitos dos produtos do restaurante do hotel e também da pizzaria com forno de lenha.
Aceitam-se animais e tudo aqui convida a ficar. Talvez por isso seja também popular entre nómadas digitais, que encontram neste refúgio o equilíbrio certo entre produtividade e descanso na natureza.
Craveiral Farmhouse by Belong Staying & Feeling. Estrada Municipal 501, Km 4, São Teotónio. Preços a partir de 140 euros por noite. Telefone: 283 249 170
Depois de um mergulho na Praia de Odeceixe, na fronteira entre o Alentejo e o Algarve, nada como sentar-se à mesa de Hugo Nascimento e deixar-se guiar pelo chef. Após vários anos como braço direito de Vítor Sobral, Hugo decidiu mudar de vida e instalar-se em Odeceixe com a família. Em 2020, abriu o Näperõn – distinguido este ano com um Sol nos prémios do Guia Repsol 2025 –, no restaurante do turismo de aldeia Casas do Moinho, onde antes passava férias.
Aqui, a liberdade criativa é o prato principal. Não há carta, só um menu de degustação com sete momentos (95 euros) ou quatro momentos (70 euros), preparado “sem guião”, com produtos locais e da época. O pairing de vinhos é opcional (45 euros).
“Este espaço e o meu tempo livre prestam-se a isso”, confessa. As criações vão do pastel de massa tenra de raia e lingueirão ou a sanduíche de carapau com sour cream da casa de entrada até ao perna de pau da sobremesa, com tangerina e aneto.
Näperõn. Casas do Moinho, Rua 25 de Abril, 113, Odeceixe. De terça-feira a sábado, 19h-22h. Encerra ao domingo e segunda. Telefone: 916 177 333
Na Aldeia da Pedralva, uma antiga aldeia isolada a 10 quilómetros de Vila do Bispo, dá para levar à séria o conceito de desligar. Não há rede e, a menos que se ligue ao Wi-Fi do alojamento, consegue passar umas férias desconectado do mundo.
Em tempos, a aldeia chegou a ter 100 habitantes. No início dos anos 2000 estava praticamente ao abandono, até que, em 2006, António Ferreira, publicitário de Lisboa, decidiu começar a recuperar as casas em ruínas, mantendo a traça original, transformou-as num turismo rural.
Hoje, são 26 casas de várias tipologias para alugar – e mais a serem reconstruídas –, agora propriedade do grupo Wotels. Além da Pizza Pazza, pizzaria independente, há um restaurante que pertence ao alojamento a funcionar ao almoço e ao jantar, o Sítio da Pedralva, popular pelo bacalhau no pão (15 euros para uma pessoa, 27 euros para duas).
Aldeia da Pedralva. Casa da Pedralva, Vila do Bispo. Telefone: 282 639 342. Preços a partir de 95 euros por noite. O restaurante Sítio da Pedralva funciona de segunda-feira a domingo, 8h-21h. Telefone: 282 077 805
O italiano Marco Moiola chegou a Portugal vindo de Berlim no final dos anos 80, seduzido pela ideia de um país pouco poluído, “cheio de natureza”, recorda. Em 2002, e com a experiência de cozinha em restaurantes italianos e na cantina de uma escola, abriu a Pizza Pazza, uma pizzaria numa casa de campo na Pedralva, uma aldeia isolada que na altura tinha perto de 20 habitantes.
“Devagarinho, foram-se todos embora”, conta, referindo-se aos antigos habitantes. A pizzaria mantém-se até aos dias de hoje, a funcionar ao jantar, sem multibanco e num ambiente descontraído, com Manu Chao na banda sonora. Quando abriu a Pizza Pazza, Marco não tinha concorrência.
“Agora dizem que este é o sítio em Portugal com mais pizzarias”, ri-se. Na carta, as pizzas mantêm o nome e a receita há décadas, como a Tarzan & Jane, com mozzarella e legumes da época. Uma curiosidade: o príncipe William terá sido um dos clientes famosos dos primórdios da pizzaria, num jantar em 2004.
Pizza Pazza. Rua do Meio, Pedralva, Vila do Bispo. De terça-feira a domingo, 18h-22h. Telefone: 282 639 173. Não há multibanco
No final de junho, Vila do Bispo costuma acolher todos os anos o Festival do Percebe – ou perceve como se costuma dizer por aqui, afinal as duas maneiras estão corretas. A festa, organizada pela Câmara Municipal em parceria com a Associação dos Marisqueiros da Vila do Bispo e Costa Vicentina, costuma durar três dias e inclui bancas de petiscos como percebes, mexilhões, lapas, moreia frita, choco frito ou salada de polvo.
Durante o resto do ano, os percebes encontram-se em quase todos os restaurantes da vila perto de Sagres, como o Ribeira do Poço, um dos mais conhecidos. Aqui, os percebes, normalmente apanhados no dia, servem-se quentes e o preço ronda os 45 euros o quilo.
Ribeira do Poço. Rua da Ribeira do Poço, 11, Vila do Bispo. Em agosto e setembro, o restaurante funciona de terça a domingo, das 15h-22h. Telefone: 282 639 075
Um dos restaurantes recomendados pelo Guia Repsol 2025, o Fermento, em Sagres, conquista, sobretudo, pela atenção dada aos produtos locais, com uma cozinha mediterrânica, de influência italiana, e uma boa carta de vinhos naturais e cervejas artesanais.
O espaço foi ideia de quatro amigos italianos (Cinzia, Ilaria, Gianluca e Alberto), que se conheceram há dez anos num restaurante premiado em Pádua. “Partilhamos esta paixão pela cozinha e pelos bons vinhos e tivemos a possibilidade de abrir este espaço”, conta Cinzia Ziliati, sommelier que já trabalhava em Sagres.
O Fermento abriu em maio de 2022 no espaço de um antigo restaurante de cataplanas. O pão é feito na casa, tal como as massas e a kombucha. As ideias para pratos, como o gnochi de urtigas, espargos e tomme de cabra da Casa Pratas, fermentam consoante os produtos da estação.
Fermento. Rua de São Vicente, Sagres. Segunda-feira, 18h-22h, terça-feira e quarta-feira, 15h-22h, quinta-feira a sábado, 13h-22h. Encerra ao domingo. Telefone: 282 011 963
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