¿Cuáles son las webs y apps de Repsol?

Si tienes una cuenta en cualquiera de ellas, tienes una cuenta única de Repsol. Así, podrás acceder a todas con el mismo correo electrónico y contraseña.

Waylet, App de pagos

Repsol Vivit y Ýrea Cliente de Luz y Gas

Pide tu Bombona y Pide tu Gasoleo

Box Repsol

Guía Repsol

Repsol.es y Tienda Online

Ýrea profesional Mi Solred

Partilhar

Roteiro de enoturismo

Roteiro de enoturismo

Dez experiências de enoturismo que duram até bem depois do lavar dos cestos

26/09/2025

Texto: Clara Silva

Fotografia: vários

De Norte a Sul do país, quintas e adegas provam que o enoturismo vai muito além da vindima. Há provas, workshops, gastronomia e arte durante todo o ano.

Um workshop para fazer o seu próprio vinho no Alentejo – sem esquecer o rótulo, claro –, uma prova de espumante com ostras no Algarve, graffiti na adega, uma prova de vinho do Porto com chocolate ou uma visita a um museu com 500 peças. Nestes enoturismos, há programas para todos os gostos e todas as alturas do ano.

1. Quinta do Panascal, Valença do Douro

“Do Roncão e do Panascal vêm os melhores vinhos de Portugal.” O antigo ditado é uma das frases repetidas durante a visita à Quinta do Panascal, a principal propriedade da Fonseca, famoso produtor de vinho do Porto, e uma das primeiras propriedades do Douro a abrir portas a visitantes, em 1992.

Na Quinta no Panascal, em Valença do Douro, oferece vários tipos de provas incluindo um ritual de abertura de Porto Vintage
Na Quinta no Panascal, em Valença do Douro, oferece vários tipos de provas incluindo um ritual de abertura de Porto Vintage

A quinta está, desde então, habituada a receber enoturistas de todas as partes do mundo e as visitas pelas vinhas e pelos antigos lagares já incluem um áudio-guia em nove idiomas. No final, há provas comentadas de vinhos do Porto, entre os 15 e os 60 euros, consoante as escolhas. Também há programas que incluem uma prova de vinhos e vários tipos de chocolate e até um ritual de abertura de vinho do Porto Vintage com fogo.

Quinta do Panascal. Quinta do Panascal, Valença do Douro. Provas a partir de 15 euros por pessoa. De segunda-feira a domingo, 10h-18h30. Telefone: 932 000 209

2. Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Vila Real

O ano passado, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, na sub-região do Cima Corgo, no Douro, e com 120 hectares de vinha, venceu o prémio de Melhor Enoturismo do Ano da APENO – Associação Portuguesa de Enoturismo (este ano o prémio foi para a Fitapreta, no Alentejo, também nesta lista). A histórica quinta, propriedade da Casa Real Portuguesa até 1725, orgulha-se de ser a única na região com um Wine Museum Centre, o Museu Fernanda Ramos Amorim, com 500 peças ligadas à produção de vinho durante os séculos XIX e XX.

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, em Vila Real, tem um museu com 500 peças ligadas à produção de vinho nos séculos XIX e XX
A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, em Vila Real, tem um museu com 500 peças ligadas à produção de vinho nos séculos XIX e XX

As experiências de enoturismo, que começam nos 18 euros, incluem também provas ao pôr-do-sol com vista para o Vale do Douro (disponíveis até fim de outubro) e visitas à adega de 1764, uma das mais antigas da zona, recuperada em 2023. A quinta, com uma Winery House a pertencer à cadeia hoteleira de luxo Relais & Châteaux, tem também 11 quartos e um restaurante, o Terraçu’s, do chef André Carvalho.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Covas do Douro, Vila Real. Visitas a partir de 18 euros. Telefone: 969 860 056

3. Quinta da Alorna, Almeirim

A histórica quinta com mais de três séculos e 2600 hectares (o equivalente a 3642 campos de futebol) vale a visita por várias razões. A principal são as provas de vinhos, com várias escolhas das referências da Alorna, entre os Reservas, Monocastas, Marquesa de Alorna ou Reserva das Pedras, a começar nos 30 euros por pessoa.

À entrada da Quinta encontra um arbusto raro no mundo, conhecido por “Bela Sombra”
À entrada da Quinta encontra um arbusto raro no mundo, conhecido por “Bela Sombra”

Quando o tempo permite, as provas acontecem na varanda do palácio da quinta, num cenário idílico, com vista para os jardins e para uma rara árvore centenária, a Bela Sombra. Incluem também uma visita à Vinha do Bosque, à adega e à sala das barricas e são a melhor maneira de conhecer a história da quinta que até produz batatas para a conhecida marca Matutano. Com grupos grandes, a partir de 25 pessoas, é possível almoçar na vinha.

Quinta da Alorna. Estrada Nacional 118, Almeirim. Visitas a partir de 30 euros. Telefone: 243 570 700

4. Ode Winery, Cartaxo

Vinho e comida asiática não eram uma combinação habitual nas adegas de Santarém, até aparecer a Ode Winery, em Vila Chã de Ourique. Na herdade de quase 100 hectares, antes conhecida como Vale d’Algares, os novos proprietários, investidores australianos com negócios imobiliários na Austrália e na Ásia, querem fazer um hotel, com villas e glamping.

Vinho e cozinha asiática são a combinação inusitada da Ode Winery, em Vila Chã de Ourique
Vinho e cozinha asiática são a combinação inusitada da Ode Winery, em Vila Chã de Ourique

Para já, e enquanto o projeto não vê a luz do dia, a Ode funciona com um restaurante, o Cellar Door, a fundir Ásia e Ribatejo. Tem também experiências como workshops de vinho com a enóloga da casa, Maria Vicente, provas a partir de 20 euros e uma visita à adega, inicialmente construída em 1902, e com um laboratório antigo. A parte alta da visita é debaixo de terra, numa espécie de bunker com centenas de barricas e uma sala digna de um filme de James Bond onde acontecem as provas e também os exames WSET, para futuros sommeliers.

Ode Winery. Rua Coronel Lopes Mateus, 13, Vila Chã de Ourique, Cartaxo. Visitas e provas a partir de 20 euros. Telefone: 243 142 209

5. Howard’s Folly, Estremoz

Em Estremoz, vinhos, gastronomia e arte juntam-se no Howard’s Folly, o projecto do empresário britânico a viver em Hong Kong Howard Bilton com o conhecido enólogo David Baverstock, que trabalhou durante três décadas na Herdade do Esporão. Com uma “adega urbana”, como lhe chamam, um restaurante, bar e galeria de arte, o projecto inclui também uma fundação, a Sovereign Art Foundation, com a missão de apoiar crianças desfavorecidas. Do prémio de arte da fundação resultam rótulos de vinhos da colheita desse ano, produzidos na adega no coração de Estremoz, que pode ser visitada por marcação.

A Howards’ Folly, em Estremoz, funciona como uma adega urbana, com restaurante, bar e galeria de arte. David Baverstock, à esquerda, é o enólogo do projecto
A Howards’ Folly, em Estremoz, funciona como uma adega urbana, com restaurante, bar e galeria de arte. David Baverstock, à esquerda, é o enólogo do projecto

Não espere uma visita comum. Além das habituais explicações sobre o processo de vinificação, aqui pode-se apreciar o trabalho dos graffiters que decoraram as paredes. Entre as atividades, há provas e um workshop de enologia, para fazer o seu próprio vinho e dar asas à imaginação a criar o rótulo.

Howard’s Folly. Rua General Norton de Matos, Estremoz. Reservas: 268 332 172

6. São Lourenço do Barrocal, Monsaraz

Luxo e vida rural. No São Lourenço do Barrocal, hotel e monte alentejano na mesma família há dois séculos e transformado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, as duas coisas combinam na perfeição. No mesmo dia, é possível acabar o livro que anda a ler na piscina do hotel, passear de bicicleta por trilhos acidentados até ao Alqueva, acompanhar a equipa de apicultura, fardado a rigor, até às colmeias da herdade ou ser enólogo por umas horas na Oficina de Blending (150 euros por pessoa).

Pode experimentar ser enólogo durante algumas horas no São Loureço do Barrocal, em Monsaraz
Pode experimentar ser enólogo durante algumas horas no São Loureço do Barrocal, em Monsaraz

Uma das mais interessantes atividades vínicas do São Lourenço do Barrocal permite conhecer os monovarietais (vinhos de uma só casta) produzidos na casa e combiná-los ao seu gosto, testando o seu próprio blend num vinho que é engarrafado na hora, para levar para casa. Entre as atividades de enoturismo também há um passeio de charrete pela propriedade, que culmina com uma prova de cinco vinhos monocasta.

São Lourenço do Barrocal. São Lourenço do Barrocal, Monsaraz. Provas a partir de 80 euros. Telefone: 266 247 140

7. Fitapreta, Évora

A Fitapreta, projeto de enoturismo de António Maçanita no Paço Morgado de Oliveira, nos arredores de Évora, conquistou este ano os membros do júri dos prémios da APENO – Associação Portuguesa de Enoturismo. A herdade que transformou o mais antigo paço rural que se conhece em Portugal numa adega moderna aberta ao público desde 2019, foi considerada Melhor Enoturismo de 2025. Para isso, em muito terá contribuído a abertura, em fevereiro, do restaurante A Cozinha do Paço, uma experiência de fine dining liderada pelo chef Afonso Dantas, com produtos locais e harmonização dos vinhos de Maçanita.

A Fitapreta, projecto de António Maçanita perto de Évora, foi eleito o Melhor Enoturismo de 2025 para a Associação Portuguesa de Enoturismo
A Fitapreta, projecto de António Maçanita perto de Évora, foi eleito o Melhor Enoturismo de 2025 para a Associação Portuguesa de Enoturismo

Alguns pairings, como a experiência Enxarrama, com nove momentos e oito vinhos, incluem colheitas antigas, que já não estão à venda, e podem custar 285 euros. A experiência de vindima começa na vinha ou diretamente na adega e inclui uma prova de cinco vinhos.

Fitapreta. Paço Morgado de Oliveira, Évora. Provas a partir de 30 euros. Marcações com 72 horas de antecedência. Telefone: 918 266 993

8. Adega Vicentino, São Teotónio

Se é verdade que a Costa Vicentina não é o primeiro sítio que nos vem à cabeça quando pensamos em vinhos, os Vicentino, com vinhas plantadas em terrenos da Frupor, herdade próxima da Praia da Amália, perto de São Teotónio, têm vindo a ganhar popularidade. A salinidade e a mineralidade tornaram-se duas das suas principais características, em grande parte graças à proximidade das vinhas ao mar.

A Adega Vicentino foi inaugurada no final de 2024
A Adega Vicentino foi inaugurada no final de 2024

O projeto do norueguês Ole Martin Siem começou a dar nas vistas com um Sauvignon Blanc com notas de pimento verde e foi crescendo. De tal forma que, hoje, são 60 hectares de vinhas próprias, com castas que vão da Alvarinho à Merlot e uma moderna adega, a Adega Vicentino, inaugurada no final do ano passado. Aqui fazem-se visitas guiadas para acompanhar o processo de vinificação e provas a vários preços que podem incluir incluem quatro, oito ou seis vinhos.

Adega Vicentino. Estrada Nacional 120, Sobralinho. Segunda-feira a domingo, 11h-21h. Provas a partir de 20 euros por pessoa. Telefone: 914 549 870

9. Arvad, Estômbar

Quando Pedro Garcia de Matos comprou a Arvad, a quinta em Estômbar com vista para o rio Arade – é daí que vem Arvad, o nome que os fenícios terão dado ao rio –, o objetivo era que fosse uma exploração de suinicultura. A paisagem fez com que o plano mudasse e o negócio virou-se para o enoturismo, com as primeiras vinhas da casa plantadas em 2016, e a sua filha, Mafalda, à frente do projeto.

A Arvad é a maior produtora em área da casta Negra Mole do Algarve
A Arvad é a maior produtora em área da casta Negra Mole do Algarve

Depressa perceberam o potencial da Negra Mole, a casta autóctone, e hoje orgulham-se de ser o maior produtor em área de Negra Mole do Algarve. Aliás, este mês lançaram o primeiro espumante da casta, um rosé 100% Negra Mola, que estagiou em ânforas de barro, como é tradição da Arvad. Além das provas, a quinta tornou-se conhecida pelas Sunset Sessions, festas junto ao rio, às quintas-feiras, com DJ sets.

Arvad. Sítio da Abicada, Estômbar, Algarve. Experiências a partir de 20 euros (Sunset Sessions). Telefone: 968 494 049

10. Morgado do Quintão, Lagoa

Filipe Caldas de Vasconcellos, produtor de vinho e proprietário do Morgado do Quintão, em Lagoa, a 10 quilómetros do mar, quis mostrar que o Algarve não é só praia. Também é vinho e é, sobretudo, Negra Mole, a casta autóctone, até há pouco tempo esquecida e arrancada das vinhas locais.

A 11 de Outubro acontece a Open House, uma festa da herdade que celebra o final das vindimas com um jantar e músic.
A 11 de Outubro acontece a Open House, uma festa da herdade que celebra o final das vindimas com um jantar e música

Em 2017, Filipe decidiu pegar na quinta da família, fundada em 1810 pelo primeiro conde de Silves, e transformá-la numa experiência de viticultura e enoturismo que inclui alojamento, provas de vinhos com ostras da ria de Alvor, workshops de cozinha e até jantares na vinha.

A 11 de outubro, a vindima culmina com a Open House, a festa habitual da herdade, com um jantar servido numa mesa comprida, debaixo de uma oliveira centenária, com música (Carminho já foi uma das convidadas, este ano é a vez do trio de jazz de Ricardo Toscano).

Morgado do Quintão. Morgado do Quintão, Lagoa, Algarve. Provas a partir de 30 euros. Telefone: 965 202 529