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Se perguntar a um açoriano quantas ilhas constituem o arquipélago, muito provavelmente ele dir-lhe-á que são oito ilhas e um parque de diversões. A folia que se vive na Terceira, principalmente no Carnaval e festas do Espírito Santo e São João, que a ilha ficou assim conhecida pelos insulares.
Raro é o fim de semana em que não há uma tourada à corda, como é tradição desde o século XVII, com os touros a serem largados pelas ruas, levando tudo à frente. Mas touros e festas à parte, não faltam bons motivos para visitar a Terceira.
Aponte as nossas dicas, compre uma viagem (há voos diretos do Porto e de Lisboa) e, na hora de fazer as malas, não se esqueça de incluir roupa de praia e de tempestade. Nos Açores, já se sabe, cabem quatro estações num dia só. Ponha os fones e siga ao som da playlist Roteiro Musical dos Açores, da editora Yuzin.
Angra do Heroísmo é a mais antiga cidade açoriana e das mais importantes do ponto de vista histórico: foi crucial durante a expansão marítima portuguesa, na oposição à coroa espanhola e na resistência liberal das forças de D. Pedro IV. Há sinais desse passado um pouco por toda a cidade, apesar do terramoto de 1980.
Angra soube reerguer-se mantendo a sua traça típica de casas coloridas e ruas em calçada portuguesa, valendo-lhe, em 1983, a classificação de Património Mundial da UNESCO.
O primeiro conselho que lhe damos é o de comprar o Angra CityPass. Custa €10 e dá acesso a seis locais de interesse turístico: a Igreja da Misericórdia, o Palácio dos Capitães Generais, a Igreja do Colégio, o Museu de Angra do Heroísmo, a Sé Catedral e o Núcleo de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima.
Se preferir uma visita guiada, a Explore Terceira Island tem um roteiro de meio-dia, com degustação de produtos regionais incluída, a partir de €49 por pessoa.
Independentemente de ir com guia ou ao seu ritmo, há alguns locais de paragem obrigatória, tal como o Monte Brasil. Trata-se de um promontório vulcânico que protege Angra do Heroísmo dos ventos e das correntes fortes, com percursos pedestres que vão dar a cada um dos quatro picos: das Cruzinhas, do Facho, da Vigia da Baleia e do Zimbreiro.
Não se espante se vir um ou dois veados pelo caminho, há alguns a morar por lá. É também no Monte Brasil que está a Fortaleza de São João Baptista, construída durante a vigência filipina em Portugal.
Quando a caminhada lhe abrir o apetite, vá direto à Taberna do Roberto. Referência incontornável da gastronomia terceirense, só trabalha com pescado e carnes de qualidade, cozinhadas no forno a lenha ou na brasa. Fica a 40 minutos a pé do centro, por isso o melhor é ir de táxi, até porque a garrafeira está muito bem guarnecida.
Tem também a Tasca das Tias, no coração de Angra, que combina pratos tradicionais com outras propostas de partilha. Se for vegetariano, nada tema: o Wine Not? será o seu sítio de eleição.
Para a sobremesa, nada como passar na pastelaria O Forno, um Solete do Guia Repsol. Fundada em 1987, é especialista em doces típicos da Terceira, dos quais o bolo D. Amélia, rico em especiarias, é o mais famoso. Foi criado em 1901, aquando da visita do Rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia a Angra do Heroísmo. Prove também as Caretas, os Conde da Praia, os Camafeus e Feiticeiros.
Para souvenires, há algumas lojas de recordações convencionais no centro histórico, mas vale a pena dar um saltinho à BAZALT Lab, uma concept store com artigos de designers da Terceira. Encontrará t-shirts, bonés, posters, sacos de pano, cada qual com referências à cultura açoriana e terceirense e à lenda de Brianda Pereira, heroína da Batalha da Salga, de 1581. Na Olaria de São Bento, a cerca de meia hora a pé do centro histórico, encontrará peças de cerâmica tradicionais da Terceira, assinadas pelo artesão Ricardo Simas.
Outro lugar interessante a visitar é a livraria Lar Doce Livro, com uma boa seleção de literatura açoriana, uma pequena cafetaria e uma agenda cultural muito ativa. Não esquecer que estamos na ilha de Vitorino Nemésio e que os Açores são um viveiro de poetas e escritores.
Para os amantes de cerveja artesanal, a visita ao bar da Bela Cerveja é obrigatória, mas há outros bares com petiscos e uma boa seleção de bebidas pela cidade, como o The Texan Bar ou a Tasca do Camões.
Não há muitas plantações de café em solo europeu e as poucas que existem, estão quase todas nos Açores. Na ilha Terceira, as mais conhecidas são as da Quinta Louro Real, de onde sai o café Grão de Lava, e as do Coffee Cabana, projeto que começou a ser desenvolvido por José Bernardo há 12 anos.
As duas propriedades estão na zona sul da ilha e distam apenas 5 minutos de carro entre si (e cerca de 10 minutos de Angra do Heroísmo). As duas têm ofertas turísticas bem diferentes: enquanto na Quinta Louro Real poderá gozar de uma Experiência imersiva sobre Café, com hospedagem de duas noites num refúgio rural, participação na colheita, degustação do café, com a opção de ordenha das vacas e alimentação dos vitelos da quinta (a partir de €200), na Coffee Cabana há visitas guiadas por marcação, com duração de 1h30, a partir dos €12 por pessoa (máximo 25 pessoas).
Para além das 4.500 plantas de café, esta propriedade tem também 54 plantas de cacau e outras árvores de frutos tropicais, tais como a pitanga, a manga, a tapioca, a papaia ou a goiaba. A visita à Coffee Cabana inclui sempre a degustação de café, bem como de frutas da época, mas se prescindir da visita, pode aparecer no bar da propriedade, entre as 8h e as 19h para beber um expresso (€2) ou um chá de casca de café (€2).
Aliado à exploração de café, José Bernardo tem o Banana Eco Camp, que consiste num alojamento em cabanas de madeira com casa de banho privativa e cozinha partilhada. As cabanas estão camufladas pelas inúmeras bananeiras do terreno, dando tons de tropicalidade à estadia. Cada cabana tem capacidade para até quatro pessoas e os preços por noite rondam os €100.
A Zona Balnear dos Biscoitos é das áreas balneares mais procuradas da ilha e das mais bonitas dos Açores. Formada por escoadas lávicas com mais de 4.500 anos, estas piscinas naturais têm zonas mais abrigadas, nas quais poderá nadar sem sobressaltos, e outras, como o Belo Abismo, em que a profundidade convida a saltos arrojados para a água e à prática de snorkeling.
Quer seja um nadador exímio ou um principiante, encontrará aqui o cantinho de mar à sua medida e uma promessa: “banhos de mar dão saúde”.
E já que está nos Biscoitos, aproveite para conhecer a Área de Paisagem Protegida das Vinhas dos Biscoitos, caracterizada pelas curraletas de pedra onde as vinhas crescem protegidas dos ventos marítimos e do mau tempo.
Há uma rota (RVI01TER) de meio-dia e com baixo grau de dificuldade: começa no Museu do Vinho (entrada gratuita) e passa pela Adega Cooperativa e por outros produtores desta região demarcada, com pouco mais de 165 hectares. Mas para não andar aos esses, talvez prefira marcar uma visita diretamente com um produtor.
Na Materramenta, projeto de bases familiares, há programas de visita às vinhas e ao laboratório, com prova incluída, que começam nos €35 por pessoa. Para além do vinho branco D.O. Biscoitos, o produtor tem, igualmente, vinhos do Pico (Rosé e Branco) e da Graciosa (Branco).
A prova que incluiu os três terroirs é das mais interessantes: enquanto os vinhos do Pico são mais aguerridos e salpicados e os da Graciosa um pouco pachorrentos, como os próprios climas e solos das ilhas sugerem, os dos Biscoitos, na Terceira, revelam um equilíbrio muito interessante entre acidez, fruta e estrutura.
Para conhecer a Terceira a fundo e as suas áreas mais selvagens do interior, chamadas de “mata”, marque um passeio de jipe com quem melhor sabe os segredos da ilha. A Pro Island Tour conta com guias locais que garantem visitas altamente personalizadas.
O leque de experiências é infindável (a partir de €45 por pessoa): desde trilhos pedonais, a tours até à gruta do cone vulcânico Algar do Carvão, passando por programas de dia inteiro com um almoço típico terceirense.
O almoço é preparado em casa do fundador da empresa, António, e inclui a degustação de uma alcatra tradicional, o prato mais emblemático da Terceira. Há também experiências gastronómicas, em que os participantes aprendem a fazer a alcatra e o pão, confecionados em forno a lenha, e programas de media arts, que consistem na ilustração de telhas de barro, outro símbolo da ilha.
Um terço das espécies mundiais de cetáceos passam pelos Açores e algumas delas, como o cachalote e os golfinhos roaz, golfinho comum e risso, são residentes. Ao visitar a Terceira, não pense duas vezes e marque um programa de observação de baleias e de golfinhos. Na OceanEmotion os preços começam nos €60 por pessoa. As saídas para o mar, com um biólogo marinho a bordo, são às 8h da manhã, a partir da marina de Angra do Heroísmo.
Por se tratar de uma atividade que lida com vida selvagem, não é possível antever o tipo de espécies a avistar ou se os cetáceos vão aparecer de todo. Ainda assim, existe uma grande probabilidade de ver golfinhos a saltar e uma ou outra “prioridade” avistada pelo vigia, que está sempre com os olhos postos no mar a partir do posto cimeiro do Monte Brasil.
Não se esqueça de levar um corta vento e um impermeável. Por muito que o mar pareça calmo, há sempre uns salpicos que o vão molhar durante a viagem.
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