¿Cuáles son las webs y apps de Repsol?

Si tienes una cuenta en cualquiera de ellas, tienes una cuenta única de Repsol. Así, podrás acceder a todas con el mismo correo electrónico y contraseña.

Waylet, App de pagos

Repsol Vivit y Ýrea Cliente de Luz y Gas

Pide tu Bombona y Pide tu Gasoleo

Box Repsol

Guía Repsol

Repsol.es y Tienda Online

Ýrea profesional Mi Solred

Partilhar

Sóis Raianos: restaurantes espanhóis obrigatórios mesmo ali à beira da fronteira

10 restaurantes espanhóis com Sóis Guia Repsol a menos de 150 quilómetros de Portugal

Sóis Raianos: restaurantes espanhóis obrigatórios mesmo ali à beira da fronteira

18/08/2025

Texto: João da Ponte

Fotografia: vários

Vasta é a história que une Portugal e Espanha. Nestes 10 restaurantes premiados descobrimos a excelência nas semelhanças e o encanto nas diferenças.

A nossa mente é capaz de nos pregar truques que devemos contornar. Por exemplo: lá porque determinado restaurante aplaudido pela sua excelência fica em Espanha, não quer dizer que fique longe. Espanha é aqui ao lado e há locais que estão mesmo ali ao virar da fronteira.

Não conhecê-los é um erro e é por isso que aqui estamos, para facilitar o trabalho a quem está disponível e quer ir à descoberta. Na dezena de mesas que se seguem vai encontrar paladares familiares e outros com os quais nunca tinha sonhado. É esse encontro que nos interessa, é essa magia que faz da cozinha um lugar de espanto. Por isso mesmo, está na hora de nos fazermos à estrada.

1. Casa Solla (3 Sóis): tudo o que a cozinha galega pode ser

Na Casa Solla, em Poio, na zona de Pontevedra, descobrimos rapidamente que o tempo serve para refinarmos o que importa: a mesa. Pepe Solla cozinha memórias (e dá nome à casa) com a precisão de quem conhece o mar e o campo desde as memórias de infância. O restaurante, com 3 Sóis no Guia Repsol 2025, é mais do que uma “casa”: é um manifesto sobre o que pode ser a cozinha galega, que não quer ficar presa a nenhuma rigidez ligada à tradição, antes prefere declarar-se apaixonada pelo produto que trabalha e serve.

A Casa Solla é mais do que uma “casa”: é um manifesto sobre o que pode ser a cozinha galega
A Casa Solla é mais do que uma “casa”: é um manifesto sobre o que pode ser a cozinha galega

Aqui, a empanada não se impõe, seduz; o peixe, apanhado ali perto, é tratado com uma reverência quase religiosa. A sala, luminosa e despojada, acompanha o tom, sem exibicionismos. Como se ali tudo estivesse no sítio certo. Visitar a Casa Solla não é só comer, é experimentar para alimentar saudades inevitáveis.

Casa Solla: Av. Sineiro 7, 36005 Poio, Pontevedra; De terça a sábado, das 13h30 às 14h40 e das 20h30 às 21h40; Telefone: +34 986 872 884

2. Atrio (3 Sóis): comer e beber para saber

Em plena Cáceres, o restaurante Atrio ergue-se como um enclave de exigência estética e sabor refinado. A sala, quase severa na elegância, convida à sobriedade e é palco onde tudo tem propósito rigoroso. À frente de tudo isto, os irmãos Carmelo e Toño são os anfitriões de uma casa com 3 Sóis no Guia Repsol 2025 e são eles também que em cada prato procuram cozinhar uma narrativa intensa, porém delicada.

No Atrio é tudo uma questão de arte e de memória
No Atrio é tudo uma questão de arte e de memória

O foie gras não é exibicionista, negoceia com os restantes paladares. Os cogumelos e as trufas mandam, claro, mas com subtileza. O salmão fumado e a carne maturada revelam classe e força em igual medida. E a harmonização de vinhos, com uma curadoria quase monástica, explica que beber é compreender. É tudo uma questão de arte e de memória.

Atrio: Pl. San Mateo 1, Centro-Casco Antiguo, 10003 Cáceres; Todos os dias, das 13h às 16h30 e das 20h30 às 23h

3. Aponiente (3 sóis): assim se serve o requinte

Entre Jerez e Cádiz, o Aponiente ergue-se como um farol pleno de atitude entre a desafiante cozinha marítima espanhola. À frente, Ángel León, chef do mar, trabalha algas, peixe azul e ostras como preciosidades. A sala minimalista, com janelas que emolduram o Atlântico, antecipa o que vai acontecer à mesa: nada em excesso, tudo com um propósito.

O Aponiente convida a repensar o mar, não como recurso, mas como personagem central de uma gastronomia que emocional
O Aponiente convida a repensar o mar, não como recurso, mas como personagem central de uma gastronomia que emocional

O menu, rigorosamente sazonal e projetado de acordo com a biodiversidade costeira, parece mover-se como as marés. E o ingrediente aparentemente banal — como o tomate — é tão prioritário como o requintado — tomemos as ostras como exemplo. O Aponiente convida a repensar o mar, não como recurso, mas como personagem central de uma gastronomia que emociona. O detalhe é elevado e reverenciado ao milímetro. A técnica serve a natureza e transforma-a em surpresa. Admiremo-la.

Aponiente: C. Francisco Cossi Ochoa, s/n, 11500 El Puerto de Sta Maria, Cádiz; De segunda a sábado, das 09h às 23h30; Telefone: +34 606 22 58 59

4. Maruja Limón (2 Sóis): até o churrasco pode ser reinventado

Duas ótimas frases que nos recebem no site oficial do Maruja Limón e que anunciam que uma visita é obrigatória e só pode correr bem. A primeira diz “sem tradição, não há vanguarda”. A segunda atira “cozinhamos memórias”. Isto bastava para termos a certeza de que estamos no caminho certo. Mas depois sabemos que o restaurante fica em Vigo, que é já ali e vale bem a visita.

O menu é um baile construído a partir dos mercados e das águas que rodeiam a zona
O menu é um baile construído a partir dos mercados e das águas que rodeiam a zona

Descobrimos que o chef é Rafa Centeno, que nem sequer começou a vida profissional nesta área, mas cuja paixão pela cozinha não deixou alternativa. Confirmamos que o Maruja Limón tem 2 Sóis no Guia Repsol 2025 e que, assim sendo, a confiança é total. E o menu é um baile construído a partir dos mercados e das águas que rodeiam a zona, vai das enguias à vitela, vai da reinvenção do churrasco às possibilidades que não conhecíamos à banal pescada. Curiosidade: “Maruja” é a sogra do chef Rafa.

Maruja Limón: Rúa Montero Ríos 4, 36201 Vigo, Pontevedra, Espanha; De quarta a sábado, das 13h às 15h00 e das 20h45 às 22h; Telefone: +34 986 473 406

5. El Ermitaño (2 sóis): o que fazemos por uns “canutillos de cecina”

Cerca de 130 quilómetros separam Bragança de Benavente, cidade onde encontramos o El Ermitaño, uma mesa familiar com 2 Sóis no Guia Repsol 2025. O grande objetivo desta cozinha é cruzar o passado e o presente na antiga casa senhorial dos Marqueses de los Salados. Os responsáveis são os irmãos Pérez, Pedro Mario e Óscar Manuel, apaixonados por levar a contemporaneidade à cozinha tradicional da região de Castilla Y León.

O grande objetivo desta cozinha é cruzar o passado e o presente na antiga casa senhorial dos Marqueses de los Salados
O grande objetivo desta cozinha é cruzar o passado e o presente na antiga casa senhorial dos Marqueses de los Salados

O “lechazo” (borrego) assado no forno de lenha é marca de identidade, servido com batatas em alho, azeite e “pimentón”, fiel ao património regional. Mas os “canutillos de cecina” — uma espécie de presunto, mas a partir da vaca e em forma de enchido — com fígado de pato e marmelo são o verdadeiro ícone da casa. Mas também há carnes de caça, o bacalhau ou o cabrito revelam sofisticação. Há menus e há serviço à carta, há harmonização de vinhos e há sobretudo a necessidade de fazer reserva.

El Ermitaño: Huerta de los Salados s7n, 49600 Benavente, Zamora; De terça a domingo, das 12h30 às 18h, sábado e domingo das 12h30 às 23h30; Telefone: +34 980 632 213

6. Victor Gutiérrez (2 Sóis): um pai, uma filha e uma cozinha de sentimento

Entre as muralhas douradas de Salamanca, no número 4 da calle Empedrada, ergue‑se o restaurante Víctor Gutiérrez, casa de fusão entre as cozinhas espanhola e peruana (com 2 Sóis no Guia Repsol 2025). A sala, íntima e iluminada por um janela generosa com o Convento de San Esteban como cenário, acolhe apenas 20 comensais, tudo a propósito de um ambiente que pede dedicação e sentidos apurados.

Resumindo: produto, técnica e sentimento, tudo no mesmo serviço
Resumindo: produto, técnica e sentimento, tudo no mesmo serviço

O Víctor que dá nome à casa é o ideólogo de tudo isto e em conjunto com a filha, Paula, conduzem três menus degustação — Criollo, Mestizo e Raíces — onde batata nativa, tubérculos andinos e trufa de verão dialogam com niguiris nikkei, ceviche doce e espuma de pisco sour ou o paté de caça. Já a carta de vinhos ultrapassa as 200 referências — espanholas e internacionais. Resumindo: produto, técnica e sentimento, tudo no mesmo serviço. É de agradecer.

Victor Gutiérrez. Calle Empedrada 4, 37007 Salamanca. De quarta a domingo, das 13h às 14h30 e das 20 às 21h30; Telefone: +34 923 262 973

7. Abantal (2 sóis): garfadas com sentido

Há tantas razões para visitar Sevilha que até pode parecer estranho ou mesmo forçado avançar com um restaurante para justificar a viagem que, a partir de Vila Real de Santo António, é coisa para demorar cerca de hora e meia. Pois saibam que entre as ruas elegantes da cidade mítica espera-nos o Abantal, a obra do chef Julio Fernández Quintero, a levar bem alto a bandeira da cozinha da Andaluzia (com 2 Sóis no Guia Repsol 2025).

A ideia não é dar espetáculo, é servir garfadas com sentido, feitas de memória e sofisticação
A ideia não é dar espetáculo, é servir garfadas com sentido, feitas de memória e sofisticação

Ocupemos o nosso lugar na sala que mistura bambu, granito, aço e madeira, moderna e tranquila, como se fosse uma galeria dedicada à gastronomia. Tudo gira em torno de dois menus degustação — de nove ou doze pratos — e uma mesa do chef que permite acompanhar a execução do menu ao vivo (esta com espaço para apenas dez pessoas). No prato, os pimentos que pontuam a ventresca de atum, os carabineiros ao vapor ou o leitão ibérico são os protagonistas da coreografia sóbria do serviço. A ideia não é dar espetáculo, é servir garfadas com sentido, feitas de memória e sofisticação.

Abantal: C. Alcalde José de la Bandera 7 e 9, 41003 Sevilha; Segunda, terça, quinta e sexta, das 14h às 15h e das 20h30 às 21h30; Telefone: +34 954 540 000

8. Galaxia (1 Sol): marisco com enchidos, sim senhor

Badajoz, ou a Espanha mais conhecida em Portugal, pelo menos até há uns anos, talvez hoje seja um pouco diferente. Ainda assim, a proximidade da fronteira e o tamanho da cidade fez com que esta fosse visitada com muita frequência por portugueses que procuravam preços mais baixos, caramelos ou um pouco de exotismo num dia a dia em que sair do país era coisa mais do que rara.

Haverá certamente muito poucos sítios como este a cruzar a ligar a Estremadura espanhola ao Atlântico na cozinha com tamanha categoria
Haverá certamente muito poucos sítios como este a cruzar a ligar a Estremadura espanhola ao Atlântico na cozinha com tamanha categoria

Pois bem, tenhamos em conta que Badajoz é muito mais do que este folclore. O Galaxia, restaurante com 1 Sol no Guia Repsol 2025, vale bem a curta viagem porque haverá certamente muito poucos sítios como este a cruzar a ligar a Estremadura espanhola ao Atlântico na cozinha com tamanha categoria. Marisco ou as carnes regionais, os enchidos e os curados. O serviço e a simpatia recebem elogios constantes, o que ajuda a aguçar-nos a o apetite. Vamos a isso. É já ali.

Galaxia: Av. Miguel Ángel Celdrán Matute 6, 06005 Badajoz. De terça a sábado, das 12h às 00h; Telefone: +34 924 258 211

9. Cuzeo (1 Sol): no centro da história, um arroz meloso

Ah, Zamora, com as suas muralhas, o Douro a seus pés e a Catedral Altaneira. É a cidade perfeita para ver construções românicas e, já que estamos numa de história, aqui foi reconhecida a independência de Portugal, em 1143. Ultrapassada esta informação perfeita para jantares com gente pouco conhecido e outros desbloqueios de conversa semelhantes, falemos da taberna Cuzeo (1 Sol no Guia Repsol 2025).

Cozinha regional com técnicas cruzadas na história e um serviço que convida a ficarmos na casa desta gente durante mais tempo
Cozinha regional com técnicas cruzadas na história e um serviço que convida a ficarmos na casa desta gente durante mais tempo

E vamos diretos ao assunto, que é feito de croquetes de kimchi, arroz meloso com javali e as bochechas de vaca são constantemente aclamadas, tal como as sobremesas no geral e a tarte de queijo em particular. Cozinha regional com técnicas cruzadas no tempo e um serviço que convida a ficarmos na casa desta gente durante mais tempo. E mais um pouco. E só mais um pedaço.

Cuzeo: Rua los Francos 6, 49001, Zamora. De quarta a sábado, das 13h45 às 16h e das 20h30 às 23h; Telefone: +34 980 509 886

10. A Taberna (1 sol): da Galiza até ao sul

Passando a fronteira em Valença, Ourense está a 1 hora de distância, mas o rio Minho é o mesmo, aqui adornado por uma ponte romana que figura em quase todas as fotos tiradas na cidade. Esclareça-se também que é um destino muito procurado pelas águas termais e tratamentos que lhe estão inevitavelmente associados. Coisas que fazem bem, portanto, tal e qual esta Taberna, cujo nome não podia ser mais simples e convidativo.

Mas, nesta Taberna, a tal Galiza de que falávamos é democrata, gosta de receber, acolhe, combina, cruza e serve na mesma medida
Mas, nesta Taberna, a tal Galiza de que falávamos é democrata, gosta de receber, acolhe, combina, cruza e serve na mesma medida

Estamos na Galiza e é Galiza que se serve nesta mesa. Salmão fumado, a paella, o arroz do lavagante, o peixe que cada dia tem para oferecer e a gamba de Huelva. “Mas como assim, Huelva, isso não é no Sul?” É, pois, mas nesta Taberna a tal Galiza de que falávamos é democrata, gosta de receber, acolhe, combina, cruza e serve na mesma medida. Para efeito de maior sensação de paladares cruzados, nada como seguir pelo menu de degustação. É uma boa sugestão, acredite.

A Taberna: Rua Julio Prieto 32, 32005 Ourense. De terça a domingo, das 13h às 16h e das 20h45 às 23h30 Telefone: +34 988 243 332